Terminou por volta das 23h desta segunda-feira o depoimento do ex-secretário-geral de Governo, Delson Martini, na CPI do Detran. O depoimento dele durou 5 horas e 45 minutos.

Martini negou ter tratado de questões relativas ao Detran, conforme indicariam conversas interceptadas pela Polícia Federal (PF) durante a investigação da fraude da autarquia. Ele também negou ter atuado em favor de servidores públicos, que agora são réus na Justiça Federal no esquema de fraude no Detran.

Martini falou que não há o que ser comprovado contra ele. Após ler a sua biografia por quase 45 minutos, no começo da sessão, ele fez questão de salientar que qualquer situação que envolva o nome dele "é referência sem sentido". 

— É preciso que fique claro que os órgãos de investigação federal compreenderam que não havia absolutamente nada que me ligasse a irregularidades. Não há o que ser provado contra mim, não há fatos ilegais que maculem a minha honra. Todas as citações ao meu nome não passam de referências sem sentido — disse ele.

Durante a reunião, a deputada Stela Farias (PT) apresentou à CPI documentos da Justiça Federal comprovando que Martini foi investigado pela PF. Martini teve os sigilos fiscal, financeiro e bancário quebrados com autorização da Justiça.

O presidente da CPI, deputado Fabiano Pereira (PT), garantiu que os direitos constitucionais reservados aos investigados – com direito a permanecer calado para não se auto-incriminar – seriam estendidos ao depoente.

Governadora

Martini afirmou que não era seu papel agendar audiências com a governadora Yeda Crusius. Ele se recusou a responder perguntas relacionadas à compra da casa da governadora. Com informações da assessoria da Assembléia Legislativa.